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Interessante é notar como a linguagem condiciona o pensamento e a interpretação que se faz, neste caso de um sonho que foi narrado por um dos pacientes de Freud.
Em português podemos encontrar um exemplo igualmente significativo: "camareira", a mulher que faz o serviço dos quartos, e por dedução , ou ampliação do sentido simbólico, o serviço da cama, pois ao arrumar o quarto arruma a cama, mas pode também deitar-se nela , e ser casa e ser quarto e ser cama, numa série de "condensação " de sentidos, o que é próprio do sonho, como Freud o define.
A língua que se aprendeu ao colo da mãe, no espaço em que se cresceu , é aquela que marcará directa ou indirectamente, consciente ou inconscientemente, a nossa reacção, seja sobre o que for ao longo da vida.
A linguagem dos sonhos é arcaica, directa, e embora não pareça, diz logo o que tem a dizer.
Sugestão de leitura: G.A.Goldschmidt, QUAND FREUD VOIT LA MER, Buchet/Chastel,1988
1 comment:
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