Tuesday, February 28, 2006

Logica da contradiçao

A lógica da contradição está no centro do filosofar alquímico, algo de que os surrealistas, com André Breton,se aperceberam desde logo.
Da pedra em bruto à pedra cúbica da Melancolia de Durer ou às pedras dos quadros de Magritte há muito que caminhar no sentido de entender os opostos, os contrários , os movimentos que se anulam e simultaneamente se completam.
Tudo se torna vertical: subir é descer, e vice-versa.
Para a tradição alquímica na literatura deixo a indicação de Robert Marteau, La récolte de la rosée, A recolha do orvalho, ed. Belin,1995.
De Artaud e Rimbaud , não esquecendo Homero, e o antigo Egipto, passando por muitos outros, como Dante, Rabelais, Shakespeare, etc, este livro tem a benção de um Eugène Canseliet, e estuda caminhos e símbolos estruturais e estruturantes do pensamento criador alquímico.
O espaço que revela é o da afamada "quintaessencia".

A escrita alquimica

A escrita alquímica não é uma encantação, é uma incantação, no impulso que leva os alquimistas a descrever, repetir, citar, enumerar , recordar e recordar num labor incessante que o MUTUS LIBER com as suas gravuras apresenta , sem contudo desvendar o segredo que todos ambicionam descobrir. Não há segredo, há trabalho.

Citando : Mutus Liber, O Livro Mudo da Alquimia em edição brasileira, Attar, 1995.Tem um ensaio de José Jorge de Carvalho , seguido de comentários e notas que ajudarão o estudioso a entender melhor a mensagem "Ora, Lege Lege Lege Relege Labora er Invenies ". Reza, lê, lê, lê , relê ,trabalha e descobres. Está apontado o caminho, e a leitura meditada (é isso que significa a oração) faz parte integrante do esforço.

Monday, February 27, 2006

Alice

Which dreamed it ?
...
Still she haunts me, phantomwise,
Alice moving under skies
Never seen by waking eyes.


Alice como representação da Anima.

Robert Wilson : " Our responsability as artists is to ask questions, that is to say WHAT IS IT and not WHAT IT IS .For if we know what it is we are doing there is no need to do it."

Sunday, February 19, 2006

Aurora Consurgens

Ibn Umail enumera todos os nomes da pedra filosofal que encontrou nos mais diversos autores, nomes que vão desde os mais nobres aos mais aviltantes, por aí querendo dizer da dificuldade de nomear e exprimir a sublime experiência da descoberta (revelação) do segredo da alquimía. Zosimo é um dos autores referidos e foi na realidade um dos importantes alquimistas gregos do séc. III cuja obra chegou até nós. Os seu tratados dirigem-se pretensamente a uma companheira discípula, Teosobeia, descrita como inicianda, e deixando ver como desde o mítico Moisés com Maria, Flamel com Perrenelle, ou a figura feminina do Mutus Liber oficiando no laboratório, o “feminino” é a constante que completa e permite que a obra seja bem sucedida. Michael Maier dirá, na Atalanta Fugiens, que o Sol precisa da Lua como o galo precisa da galinha. Ibn Umail também, na sua enumeração dos símbolos, tinha referido o galo e a galinha, mostrando o que Maier aqui demonstra: a copulação que é conjunção, na linguagem mais depurada de um Jung ou uma Marie-Louise von Franz, ao ocuparem-se da aurora consurgens e seu conteúdo mítico e simbólico.

Ora pela simbólica numérica, ora pelas figuras e suas legendas, verificamos sempre a alusão aos dois princípios fundadores da criação - evolução - integração das forças do Universo; e em paralelo com elas das pulsões e energias que motivam e conduzem o comportamento humano; neste as forças são as que respeitam ao corpo, espírito e alma e nos devem poder elevar a um superior entendimento do que somos (fomos e seremos) pois, como no ovo do alquimista, que Maier representa numa das suas gravuras, tudo o que virá a ser já no uno está contido, do primeiro princípio emanará todo o desdobramento que ele comporta.

No emblema XX1 da atalanta Fugiens, Maier escreve o seguinte:
“Do macho e da fêmea faz um círculo, depois, a partir dele, um quadrado e a seguir um triângulo.
Faz um círculo e terás a pedra dos filósofos.”

Aqui deparamos com o que se pode chamar a obra do geómetra. Mas o círculo inequivocamente nos remete para o andrógino de Platão, arquétipo de uma completude perdida, e que só o humilde trabalho do alquimista ou a entrega do místico permitirão recuperar.

Onde entra então neste momento a aurora consurgens? Trata-se de um pequeno tratado de tom simbólico e alquímico, inspirado no cântico dos cânticos, e atribuído a São Tomás de Aquino que o teria ditado, ou escrito, próximo do momento de morrer, o que lhe conferiria a importância de uma espécie de testamento espiritual, em pouca consonância com o rigor da sua doutrina “tomista”. Pois pela aurora passa o sopro de um verbo alucinante, que descompõe o esprírito e a alma, deixando a nú a força da paixão incontrolada e sofrida ,na entrega como no desencanto do abandono.

A amada do cântico surge com a beleza da aurora nascente. Será ela a face oculta de Deus, a Shekina que tem assento a seu lado como entidade que participa do Belo na criação? Ocuparam-se deste tratado Marie-Louise von Franz, como já disse, e Bernard Gorceix, grande especialista de alquimía, a quem se devem muitos estudos nessa área. Ambos traduziram o tratado e salientaram nele a dimensão simbólica e alquímica.

Gorceix conclui, na sua análise, que estamos basicamente perante uma “colagem” de textos alquímicos provenientes, entre outros, de Ibn Umail, e dos textos bíblicos do Cântico dos Cânticos. De uns provém o tom misterioso e profético, anunciador de uma verdade suprema revelada, de outros o misticismo de uma paixão intensa entregue e dolorosa como a maior paixão humana que fosse possível conceber. Desta mistura confusa, para não dizer prolixa, nasce em parte a sedução que leva o leitor a tentar decifrar o que de mais profundo se possa esconder no texto. No cap. XII, sétima parábola, diz a amada: “eu sou a mediadora dos elementos, eu reconcilio os contrários. Arrefeço o que é quente e vice-versa. Humedeço o que é seco , e vice-versa. Amoleço o que é duro, e vice-versa. Eu sou o fim. O meu bem amado é o princípio. Em mim se esconde a obra inteira ...farei viver e farei morrer...eu e o meu bem amado somos só um...”

A amada (ou a Pedra filosofal) medianeira dos elementos, da sua transformação. Dispensa a vida e o amor, num caso, dispensa a sabedoria, noutro. Na longa resposta do amado encontramos o Cântico, mas também a reflexão de Calid, outro sábio alquimista, dos citados, além de Ibn Umail (Senior no seu nome latino): “Disfrutemos da nossa cópula de amor e gritemos na alegria da nossa dança: eis como é agradável habitar dois em um! Ergamos três tendas para nosso uso, a primeira para ti, a segunda para mim, a terceira para o nosso filho! Uma corda tripla resiste melhor! “Estamos de novo perante o mistério de Maria Profetiza: do um nasce o dois e deste o tres como quarto. Daí a sua força. O par divino e humano andrógino, os três princípios e a corda, mais um nome da Pedra resistente à fragilidade humana.

Sugestão de leitura, L’ Aurore a son Lever, trad. et preface Bernard Gorceix, Arma Artis, 1982.

Em tempo: vem a propósito citar Hesteau de Nuysement “la vraie Chimie...suit pas a pas le train de L’ Evangile.”

Friday, February 17, 2006

A Ordem e o Caos

Na definição de Dom Pernety,alquimista do séc.18, o caos é a matéria confusa, anterior à forma que lhe é dada pela Obra do criador a partir de certo momento .Do Caos nasce a Ordem, mas da Ordem, quando quebrada a hierarquia ( o Degree definido por Shakespeare, entre outros) nasce também o Caos. Trata-se de um equilíbrio frágil, mutável, como o Yi King exemplifica nas imagens dos trigramas que se lhe referem. O Caos significa "confusão e mistura" algo que o Rei de Mistura do Conto da Serpente Verde de Goethe representa.É um símbolo da imperfeição que é preciso "polir" (outro conceito alquímico que significa sublimar). Em Shakespeare é à ordem social e ao caos que se lhe pode seguir que encontramos interessantes referencias, no drama TROILUS AND CRESSIDA. ... "Oh, quando a ordem se abala, /escada que é para os mais altos desígnios /o projecto falece.Como poderiam as comunidades/ os graus nas escolas, irmandades nas terras / o comércio pacífico entre praias distantes / o direito devido ao primogénito / prerrogativas da idade, coroas, ceptros, louros / permanecer no lugar que é devido a não ser pela ordem ? / Retirai essa Ordem, desafinai essa corda / e vede ! que discórdia se segue..../ a ordem sufocada cede o lugar ao caos (Acto I). 

Thursday, February 09, 2006

Corpus Alchemicum Arabicum

O Livro da Explicação dos Símbolos, da autoria de Muhammad Ibn Umail, está finalmente disponível em edição bilingue, árabe-inglês, publicada na Living Human Heritage, 2003.
No seu estudo sobre a Aurora Consurgens, obra apócrifa, atribuída a S.Tomás de Aquino supostamente nos últimos momentos de vida, Marie -Louise von Franz refere a existencia deste tratado árabe, cujo autor foi conhecido no mundo latino como Senior.
De Senior é conhecido o tratado De chemica.
Ibn Umail terá vivido entre 900-960, embora alguns autores sugiram uma data mais antiga.
Ibn Umail levou uma vida retirada, de asceta, modelo que recomenda aos seus leitores como o mais adequado a quem deseje aprofundar os segredos da psique e dos seus símbolos.
A transformação da psique é o mais alto objectivo que se pode atingir, e nisso consiste o mistério e o segredo da alquimia.É uma prática mística, aquela que se verifica no acto de contemplação e/ou manipulação da chamada "matéria hermética".Por outras palavras estamos no domínio da aquisição e evolução da consciencia de si, algo que de novo e sempre, ou cada vez mais ocupará o pensador moderno.
Neste sábio árabe encontramos definições que se prendem com a dimensão simbólica da alquimia como arte de transformação da alma , e daí o interesse demonstrado por M.L.von Franz, no seguimento de Jung.
O século X foi um momento de esplendor na civilização e cultura árabes. O pensamento ocidental tem aí muitas das suas raizes, e isso me levará, nestas páginas, a apresentar um pouco do tratado de Ibn Umail.

" ...os sábios têm uma linguagem que adoptaram para falar, uma linguagem em símbolos.Fizeram isso porque dirigiam as palavras que escreviam nos seus livros somente àqueles que conhecem a sua linguagem , partilham os seus valores morais e são guiados pelas suas palavras e actos, seguindo os seus conselhos espirituais...As contradições de que padeçam em aparencia não devem ser tomadas em consideração, pois em tudo concordam quanto ao significado secreto."

Logo de início se explica a ligação intrínseca entre a busca espiritual oculta e os valores morais a que tem de estar ligada.
Segue depois o autor com a enumeração dos mútiplos nomes da "pedra dos sabios", a Pedra Filosofal , cuja matéria evolui do cobre até à prata, e daqui, uma vez atingida a tintura "branca" seguindo com os nomes de "terra branca, sagrada terra sedenta,terra de pérolas, terra de prata , terra de ouro, terra estelar e terra de neve". Surge ainda o nome de "terra de sal", numa alusão ao sal da vida sendo este um dos tres princípios, enxofre, mercúrio e sal". Mas o sal é o mediador de toda a operação transformadora.
O autor encerra esta primeira explicação com as três "fases" da Obra: o negro, o branco, o vermelho.Pois a seguir a esta primeira passagem ao branco da terra de sal, descrita acima, seguem-se o negro o branco e o vermelho como confirmação do caminho seguido.

Apontados os princípios, e as cores fundamentais do processo, as designações evoluem para um patamar mais profundo, introduzindo o termo "mãe" : mãe das cores, mãe das tinturas, mãe do ouro,mãe das naturezas,mãe dos deuses, e ainda o termo "origem" como seu equivalente simbólico : origem das tinturas, origem do mar dos dois vapores (os dois princípios, enxofre e mercúrio),e ainda: mar da sabedoria, mar dos sábios, pedra de mármore, pedra de alabastro, rochedo de sal, etc.
Se o enxofre figura também o fogo, o mercúrio a agua, ou o mar, ficamos a saber que o excesso de um leva à secura estéril da alma(quando não à morte do corpo) e a excessiva humidade do outro leva a uma dissolução não menos perigosa; a harmonia da sageza será mediada pela intervenção do sal, o sal da vida.
As descrições seguintes oferecem-nos um verdadeiro bestiário alquímico, que só em tratados posteriores, dos sécs. XVI e XVIIencontraremos com abundancia: dragões devorando tudo, rãs saídas da água, caracóis do mar e das montanhas, camaleões(pela mutação das cores, como se referiu) ou ainda pavões.
Para terminar, o autor deixa-nos com esta reflexão: os sábios chamaram à sua Pedra " tudo, porque ela contém tudo aquilo de quer necessitam para a sua arte ; Tudo está nela e provém dela e por ela, pois de nada ela precisa que não contenha já".

Os utensílios requeridos para a Obra também são nomeados:"vaso, alambique, templo" onde se reunem todas as pesoas dedicadas a esta ciencia., secreta e divina.

Algumas referencias evocam o célebre texto da Tabula Smaragdina :" a natureza compraz-se na natureza, a natureza une-se à natureza, e a natureza vence a natureza " ou ainda:" o Ser compraz-se no ser, e o ser une-se ao ser". Significando, segundo o autor, a união da alma e do espírito contidos no corpo com a alma e o espírito emanados da água divina oriunda do "primeiro corpo" ( leia-se aqui o primeiro princípio criador).

Demonstrando o seu conhecimento da antiga tradição, que remonta aos sécs.II-III da nossa era, Ibn Umail cita Maria a Judia, também conhecida como Maria irmã de Moisés, e Maria a Profetiza, que descreve a utopia da cidade dos sábios (como em Platão, na República tal cidade também é desejada) : " Nós, os sábios, somos os habitantes de uma cidade e cada um de nós reconhece a linguagem dos outros. Assim, quem não é da nossa cidade e não conhece a nossa língua, nãodeve entrar na nossa arte. "
Muito interessante nas páginas seguintes do tratado, será a explicação de mais um nome atribuído à Pedra da sabedoria: eles (os sábios) chamaram-lhe livro e tudo o que dele surge livros. E se ao mercúrio chamam "tudo" é porque ele é a origem de todas as coisas.
Sendo o mercúrio o princípio feminino é a este arquétipo antigo, da civilização matriarcal, que se atribui o início (o desdobramento) de toda a criação.
Mas é importante a referencia ao livro e aos livros. Noutros autores encontraremos a importancia da leitura e do estudo , muita leitura e muito estudo para se chegar a bom termo do caminho, da revelação desejada.
Podemos dizer que no fim do caminho o homem se encontra a si mesmo, ele é a matéria da Obra, ele é a Obra divina, a matéria de Deus, que nele reuniu o Sopro do espírito e o Corpo da alma.

Monday, February 06, 2006

Luzes do corpo

Lumières du Corps é o mais recente livro de Valère Novarina. Tal como nos outros a sua alquimia do Verbo é fulgurante e fulminante. Anti- Wittgensteiniano, defende que se deve dizer precisamente o que não se pode dizer:ce dont on ne peut parler c'est cela même qu ' il faut dire.
Traduzo um pouco, para despertar o entusiasmo:
"Coisa e Palavra. Sob cada coisa a linguagem aflui, sob cada palavra uma coisa aparece.A linguagem é como a matéria.
A linguagem é como a matéria , não é o seu reverso, o outro, o rosto, o que está em frente, mas sim o "análogo". Se olharmos para o fundo da linguagem ela é a própria coisa. Ela não passa ao lado da coisa mas vai ao mais profundo.
Descrever o modo como a ideologia numerico-maniqueana estende o seu império:ela só conta o um e o dois, atrofia todo o espaço, corta o tempo e asfixia-se."

Não estamos aqui em plena alquimia do Verbo, da sua respiração ?

Eugenius Philalethes his magical Aphorisms

1 The Point came forth before all things: it is neither atomic nor mathematical, being a diffused point.The Monad manifested explicitly but a myriad were implied.There was light and there was darkness, beginning and the end thereof, the all and naught, being and non being.
2 The Monad produced the Duad by self-motion, and the visages of the Second Light manifested through the Triad.

Podíamos estar a ler o Fédon de Platão e a apresentação que Sócrates faz aos discípulos do seu entendimento dos números um, dois e três e da relevancia que o ímpar três adquire no processo da criação; algo que muito ocupará alquimistas e kabalistas e hoje em dia matemáticos e filósofos da ciência.

as pátrias da cultura

" a cultura não tem pátria porque tem todas " (Fernando Pessoa).
Thomas Vaughan ,filósofo hermético do século XVII, marcou o pensamento dos seus contemporâneos em Inglaterra, mas veio também curiosamente, no século XX , influenciar criadores como Fernando Pessoa, que o cita, num dos seus textos avulsos, a partir de A.E.Waite, The Works of Thomas Vaughan:Eugenius Philalethes,London ,1919 . Mais recentemente foi apresentado com um novo prefácio de Kenneth Rexroth,Uiversity Booka, New York 1968.
Pessoa ,também ele um místico e alquimista à sua maneira , encontrou no pensamento de Vaughan um caminho para a iluminação, consciente de que a "transmutação" do homem é o objectivo supremo da chamada "Arte Real" de que a Pedra dos alquimistas ou o Graal dos cavaleiros da Tavola Redonda são igualmente um emblema,
Pesoa foi um desses cavaleiros da "Alma" e em muitas culturas procurou a sua pátria escondida: no ocidente judaico-cristão, tanto como no oriente próximo e longínquo.
Vaughan anota cuidadosamente os seus sonhos, que considera fontes de revelação, seguindo o exemplo de John Dee o mago de Isabel I . Na sua obra os psicólogos junguianos encontrariam bons exemplos de estudo.
Dos seus tratados eu destacaria, pela riqueza simbólica, o Lumen de Lumine: é talvez o mais claro ,o mais explicito na decifração dos símbolos com que lida. Ajuda-nos a perceber como, desde a antiguidade, a relação não se perde no que à estrutura arquetípica, profunda, diz respeito, e uma ponte se estabelece entre um Vaughan, um Goethe, um Pessoa ,
para apenas citar estes.
Pessoa, no doc. 54-97 do Espólio refere que" os ensinamentos ministrados nos mistérios abrangem três ordens de coisas :1 a verdadeira natureza da ama humana,da vida e da morte; 2 a verdadeira maneira de entrar em contacto com as forças da natureza e manipulá-las;e 3 a verdeira natureza de Deus ou dos Deuses e de criação do mundo .Sâo o segredo alquímico, o segredo mágico, e o segredo místico."
Pessoa acrescenta , bem, que a linguagem alquímica não é mais do que uma linguagem simbólica.
Será, mais do que nunca ,por um tal entendimento que poderemos chegar a uma maior variedade de culturas em suas várias pátrias.